
Por onde passa a eficiência em agricultura?
Aumentar a eficiência dossistemas de produção é o desafio dos agricultores portugueses e o tema esteveem discussão no Porto, na conferência ‘Eficiênciocultura’, promovida pelarevista Vida Rural no dia 19 de junho.
Susana Carvalho, docentee investigadora da Faculdade de Ciências do Porto, focou a sua apresentação nasculturas protegidas e chamou a atenção para os NGS (New Growing Systems) e paraos ganhos ambientais e financeiros da utilização de sistemas fechados emestufas, com reutilização da drenagem e duplicação da intensidade de plantação.A agricultura vertical e as chamadas fábricas de plantas são uma claratendência em desenvolvimento em outros países, mas ainda sem grandes exemplosem Portugal.
Fernando Alves, daSymington Family Estates, trouxe o exemplo da viticultura de precisão aliada àsustentabilidade. Com custos de produção muito elevados, ele aposta na precisãopara tirar partido da heterogeneidade das suas mudas e investe na mecanização erobotização para suprir as dificuldades de mão-de-obra.
Avelino Balsinhas, daBayer Crop Science, estima que a agricultura vai registrar aumentos deprodutividade de 25% até 2050, com base na evolução tecnológica. E revela queos sensores vão permitir tornar mais eficiente a agricultura em pequenapropriedade.
José Boaventura,professor na UTAD e investigador no INESC TEC frisou que a digitalização daeconomia e a recolha automática de grandes quantidades de dados vãopossibilitar a tomada de decisões para otimizar a produtividade de modosustentável. Mas os desafios são vários, começando pelo custo da tecnologia quepode não ser acessível aos pequenos e médios produtores.
Ao fechar estaconferência, uma mesa redonda discutiu os desafios da eficiência em pequenadimensão, com a participação do advogado Francisco Sousa Coutinho, da ‘Vieirade Almeida Advogados’, Isabel Valin, do Instituto Politécnico de Viana doCastelo, Rui Pinto, da Cooperativa Agrícola de Felgueiras e Firmino Cordeiro,da AJAP.
Isabel Martin - vidarural.pt
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