
GLIFOSATO NÃO É CANCERÍGENO, SEGUNDO AGÊNCIA EUROPEIA
O QUE É O GLIFOSATO?
Trata-se de um princípio ativo, isto é, uma molécula desenvolvida na fabricação de produtos químicos. Inicialmente, o glifosato surgiu na indústria farmacêutica e também chegou a ser usado para limpar metais. Porém, se popularizou nos herbicidas da Monsanto, que hoje pertence à Bayer.
Criado nos anos 1950 pela indústria farmacêutica, o princípio ativo ficou conhecido nos anos 1970, quando a empresa Monsanto – hoje pertencente à Bayer – desenvolveu um poderoso herbicida. Suas vendas estouraram quando a companhia lançou sua linha de sementes transgênicas Roundup, resistentes ao glifosato, nos anos 1990.
A soja, o milho e o algodão resistentes ao herbicida permitiram ao setor agrícola ampliar o uso do glifosato nas lavouras para matar ervas daninhas. Multiplicaram-se os ganhos em produtividade e rentabilidade.
O herbicida à base de glifosato é aplicado nas folhas de plantas daninhas, aquelas que nascem espontaneamente no meio das lavouras e prejudicam a produção agrícola. Ele bloqueia a capacidade da planta de absorver alguns nutrientes.
GLIFOSATO E O CÂNCER:
O herbicida glifosato não provoca câncer em seres humanos, concluiu parecer científico da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA). De acordo com o portal especializado Politico.eu, o documento será publicado em meados de agosto deste ano.
O Comitê de Avaliação de Riscos da ECHA concluiu que “as evidências científicas disponíveis não atendem aos critérios para classificar o glifosato para toxicidade de órgão-alvo específico, ou como substância cancerígena, mutagênica ou repro tóxica [que produz efeitos nocivos sobre o processo reprodutivo]”.
A opinião confirmou o entendimento que já havia sido expresso pela mesma agência em 2017, quando também não classificou o glifosato como cancerígeno. Tanto naquela época como agora, porém, a agência aponta que o herbicida mais usado no mundo pode causar sérios danos aos olhos e é tóxico para a vida aquática.
Segundo o Politico.eu, essa avaliação da ECHA deve influenciar a decisão final da União Europeia (UE) no processo de renovação da autorização de comércio e uso do herbicida. A expectativa é de que a Comissão Europeia faça uma recomendação até julho de 2023, após ter adiado essa decisão recentemente.
“A missão da ECHA consiste apenas em analisar a periculosidade inerente da substância, não o seu risco real de causar danos. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar em Parma, Itália, está analisando isso como parte de um estudo paralelo, que deve estar pronto em julho do próximo ano”, conclui o Politico.eu.
Fonte: adaptado do site “Agrolink - Glifosato não é cancerígeno: Agência Europeia e Cee - Fio Cruz - Entenda o que é o glifosato, o agrotóxico mais vendido do mundo”.
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