
EFEITOS DO LA NIÑA PODEM SE ESTENDER EM 2021
O que é o fenômeno La Niña?
É um fenômeno natural e, de maneira simplificada, está relacionado com a diminuição da temperatura da superfície das águas no Oceano Pacífico. De acordo com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), quando ocorre algum desvio da condição normal de temperatura do Oceano Pacífico Equatorial, surgem duas fases, sendo uma quente e a outra fria. Desta forma, a fase quente é denominada El Niño. Já a fase fria é chamada de La Niña e ocorre quando há resfriamento das águas e aumento na pressão atmosférica na região leste do Pacífico.
La Niña e sua influência em algumas regiões do Brasil
Obviamente que as influências do fenômeno La Niña vão variar em relação a cada região. Mas, de maneira geral, as regiões brasileiras que costumam ser mais afetadas são:
Norte: Aumentos na intensidade da estação chuvosa na Amazônia, podendo ocasionar algumas cheias mais expressivas nos rios da região.
Nordeste: Chuvas acima da média, podendo gerar enchentes no litoral nordestino.
Sul: Estiagem em toda região, principalmente no inverno.
Efeitos em 2021:
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, reforça ações para preparar e minimizar impactos do fenômeno climático La Niña apoiando governos, Nações Unidas e outros setores que lidam com o clima. Essas medidas têm em conta as previsões de piora dos impactos que se estenderá em 2021. Os efeitos serão sentidos em nível de temperaturas, chuvas e padrões de tempestade em várias partes do mundo.
Pacífico:
Em outubro passado, a agência da ONU revelou uma tendência de o La Niña se tornar mais forte após o esfriamento das temperaturas da superfície do mar do Pacífico equatorial. Nos Estados Unidos, a última atualização da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima apontou para 95% de probabilidade da La Niña continuar até março de 2021. A agência da ONU realça que o impacto nos padrões climáticos pode ser complexo. Várias áreas poderão registrar anomalias de temperatura ou precipitação até março de 2021.
Impactos:
As chuvas poderão estar abaixo do normal em todo o Pacífico. Crescem também as probabilidades de áreas da Ásia Central, do sul da América do Norte e América do Sul terem menos chuvas que o normal. Cada um desses padrões é considerado um efeito clássico do La Niña. A Austrália poderá ter mais umidade do que a média, especialmente ao longo da costa leste, onde houve fortes inundações ocorridas recentemente. No Pacífico equatorial ocidental e na América Central as chuvas poderão estar acima da média.
Implicações:
A atuação da agência junto com várias entidades envolve representantes de áreas como saúde, transporte, energia, agricultura e gerenciamento de risco de desastres. Nas últimas semanas, encontros com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários e a Organização para a Alimentação e Agricultura discutiram o La Niña. A meta é abordar as implicações da previsão sazonal e planejar estratégias de mitigação.
Fonte: adaptado dos sites “Agrolink - Efeitos do La Niña podem se estender pelo próximo ano” e "Agrotécnico - Entenda os impactos da La Niña para a agricultura” | acessados em 27/12/2020.
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